A cosmética biológica veio para ficar e é, cada vez mais, uma opção por parte dos consumidores, embora seja ainda identificada e denominada erradamente, por muitos, de cosmética orgânica, tal como a agricultura orgânica, termos mais próximos e traduzidos livremente do inglês – organic agriculture e organic cosmetics.

O termo “biológico” tem necessariamente diversas mais-valias associadas, de que são exemplo a ecologia, comércio justo, sustentabilidade, a garantia de utilização de processos de fabrico seguros e não poluentes, ausência de testes em animais, etc…, razão pela qual, o que para alguns é uma moda, para outros é uma opção consciente por um estilo de vida mais saudável, equilibrado, ecológico e amigo do ambiente.

Na Rita C acreditamos que é a via mais saudável, pois desta forma “alimentamos” a nossa pele de uma forma natural e em harmonia com a natureza sem recorrer a ingredientes provenientes de síntese química ou modificados geneticamente.

A pele é o nosso maior órgão. Temos tendência a menosprezar a sua importância para a nossa saúde mas ela perfaz mais de 15% do peso corporal de um adulto, cobre pelo menos dois metros quadrados de superfície e absorve grande parte do que nela colocamos, entrando na nossa circulação sanguínea. Quando a nossa pele, por alguma razão, se danifica, ficamos mais vulneráveis e estamos mais expostos às agressões do meio que nos rodeia.

Os produtos químicos sintéticos utilizados na maioria dos cosméticos, além de serem dispensáveis, são absorvidos pelo nosso organismo e são substâncias com constituições químicas que o nosso organismo não reconhece, pelo que as procura eliminar (sobrecarregando órgãos como fígado ou rins) ou, não conseguindo, são “armazenadas” no organismo, intoxicando-o, podendo ter efeitos mutagénicos, provocar distúrbios endócrinos, etc.

Portanto, nada mais legítimo do que ficarmos preocupados, tanto mais quando ouvimos os seguintes dados:
·       Um adulto utiliza, em média, 9 produtos de higiene pessoal por dia, expondo-se a 126 substâncias químicas a cada dia;
·       89% dos 10 500 ingredientes utilizados em produtos de higiene pessoal NÃO foram totalmente avaliados quanto à sua segurança;
·       1/3 dos produtos de higiene pessoal contém um ou mais ingredientes que podem ser classificados como possíveis causadores de cancro.

Pelo seu lado, os ingredientes baseados em plantas possuem um elevado grau de biocompatibilidade com o nosso corpo devido ao facto de os processos metabólicos das células das plantas serem semelhantes aos que ocorrem nas células do corpo humano.

Vitaminas, minerais, nutrientes, antioxidantes são “códigos” que tanto as células das plantas como as do nosso corpo reconhecem e usam para combater processos de envelhecimento, oxidação, radicais livres. Desta forma o nosso organismo reconhece estes ingredientes activos, presentes nas células das plantas, e conseguindo envolvê-los no processo de vida e regeneração da pele, melhorando a saúde da pele, bem como a saúde em geral.

É verdade que a cosmética biológica tem uma forte componente ética relacionada com a ecologia, o respeito pelo planeta e pelos seres vivos, manifestando-se como uma opção clara por um modo de vida sustentável, mas também é um facto que a natureza é poderosa e alguns dos seus recursos são tão, ou mais, eficazes que os equivalentes sintéticos. Aliando este poder, que a natureza tão inteligentemente coloca à nossa disposição, ao conhecimento de técnicos especializados (engenheiros químicos, dermatologistas, etc.) que estudam e desenvolvem estes produtos conseguimos obter, de forma compatível, o melhor de dois mundos – natureza e tecnologia a trabalhar de forma harmoniosa para a saúde da nossa pele!

As vantagens são evidentes e idênticas às que obtemos ao nos alimentarmos de produtos biológicos. O nosso organismo reconhece, compreende e extrai mais benefícios dos ingredientes e nutrientes que compõem estes produtos. Então, assim sendo, porque não optar por cosmética biológica e natural?

Ao contrário do que acontece com a produção e transformação de produtos alimentares biológicos, na produção de cosmética biológica e natural não existe regulamentação específica, o que dificulta a definição dos parâmetros que estes produtos devem observar.

A certificação é uma garantia da autenticidade das matérias-primas empregues e dos processos de produção, sendo que a maioria dos ingredientes é proveniente da agricultura biológica, havendo respeito pelo ambiente em todas as fases de produção, do cultivo da semente que dá origem à matéria-prima até às embalagens.

A compra de cosméticos biológicos e naturais certificados garante a origem dos ingredientes naturais e uma composição livre de ingredientes químicos nocivos à saúde. Todos os ingredientes utilizados obedecem a um padrão definido pela entidade certificadora. As matérias-primas são obtidas através de cultivo biológico controlado. Os produtos de beleza e cosmética com certificação biológica são totalmente livres de fragrâncias sintéticas, Lauril Sulfato de sódio e Laureth Sulfato de Sódio (SLS e SLEs), parabenos, matérias-primas etoxiladas, silicone, parafina, óleo mineral e outros derivados petroquímicos. Os produtos de beleza e cosmética com certificação biológica são controlados continuamente para assegurar a sua legitimidade e possuem um selo e/ou um certificado comprovativo. Os produtos com certificação biológica são bons para as pessoas, para o solo e o meio ambiente.

A certificação de um produto, identificável através do logótipo da entidade certificadora na embalagem ou emissão de um certificado, permite ao consumidor identificar um produto cosmético verdadeiramente biológico ou natural, sem haver necessidade de analisar exaustivamente a lista de ingredientes presentes no mesmo. Na ausência da certificação a qualidade do produto depende exclusivamente da integridade e competência do fabricante do produto.

Entre as diversas entidades certificadoras podemos encontrar as seguintes:
Australian Government, BDIH, BioGro, Ecocert, NPA, Soil Association, USDA.